O Disney+ chegou essa semana ao Brasil e se uniu a Netflix e ao Amazon Prime como os três streamings mais populares por aqui. Pensando nisso, eu fiz um vídeo para o meu canal, o 16mm, mostrando todo o catálogo da plataforma, para assim ajudar o público a decidir se vale a pena ou não assinar o serviço (assista ao vídeo abaixo).

Nesse texto, abordarei os tópicos que julgo mais importantes em um serviço de streaming: conteúdo, preço, qualidade do aplicativo e recursos extras.

Interface e aplicativo

Quase tudo relacionado ao funcionamento e visual da plataforma funciona bem. A interface é convidativa, as separações são bem distribuídas e autoexplicativa, o aplicativo é fluído, dá direito a quatro telas simultâneas e os filmes são facilmente encontráveis. Além disso, o player é bom e não exige uma internet tão potente, o serviço está disponível para diversos aparelhos (desde SmarTVs e Chromecasts, até vídeo games com PS4 e XBOX ONE) e há conteúdos em 4k e com a melhor qualidade sonora. 

Nesse sentido, o Disney+ supera e muito tanto Amazon Prime, quanto Telecine Play, HBO GO, Apple TV+, Mubi, entre outros. O único que ainda aparece à frente é a Netflix, que segue tendo um aplicativo impecável (apesar de eu não ser muito fã da forma como funciona o algoritmo).

O único grande problema de acessibilidade do Disney+ é a falta de legenda em português e espanhol para o musical “Hamilton”, um dos principais (na minha opinião, o melhor) conteúdos do catálogo. Entretanto, as reclamações dos usuários chegaram até no criador e protagonista da obra, Lin-Manuel Miranda, que já prometeu as legendas em breve.

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Preço e catálogo

Entretanto, se o aplicativo é muito bom, o catálogo pode não agradar todo mundo. Isso porque o Disney+ é voltado para toda a família, excluindo assim diversas ótimas obras da Fox (comprada pela Disney há pouco mais de um ano), e focando quase que exclusivamente na nostalgia. 

Os fãs de Star Wars, da Marvel, das animações clássicas da Disney, da Pixar e do National Geographic terão um prato cheio com esse serviço. Além disso, o catálogo ainda conta com algumas produções nostálgicas da Fox, como “Esqueceram de Mim”. Entretanto, as produções originais ainda são bem escassas, o grande destaque é “The Mandalorian”.

Assim, talvez o preço de R$27,90 não seja muito atrativo para boa parte do público. Por mais que ele esteja mais barato do que a Netflix, o catálogo focado apenas em obras nostálgicas pode não ser suficiente para aqueles que querem conhecer obras novas. Para mim, a melhor opção é assinar o plano mensal e ver se o conteúdo agrada, pois, dessa forma, é possível cancelar após o primeiro mês.

Na minha opinião, para aqueles que buscam variedade e novidade, o Disney+ está atrás de praticamente todos os seus concorrentes, sobretudo Netflix, Amazon Prime e Telecine Play. Entretanto, para aqueles que se interessam por conteúdos extras, curtas e animações raras, o serviço pode surpreender. São muitos os curtas animados recentes e antigos da Disney e da Pixar, além de documentários sobre produções como “The Mandalorian” e outros. 

Vale ressaltar também que o catálogo brasileiro é bem menor do que o dos EUA e é esperado que vários filmes ainda sejam acrescentados. Além disso, as produções originais devem crescer bastante, principalmente com as séries da Marvel e de Star Wars que estão em desenvolvimento. Mas, por enquanto, o Disney+ parece ser um serviço apenas na média do mercado.

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