Olá, olá Profanos e Profanetes de todo o Brasil e do Mundo, tudo bem?

Deste lado quem vos escreve é Igor Seco, convidado por Adan Smith, vez ou outra pra falar sobre os últimos lançamentos do cinema, e que sendo assim, se dá o direito de começar seus textos como bem entende e se permite viajar completamente em cima de um tema que às vezes, pode passar despercebido para o público…

É o caso da recente comédia/drama, protagonizada por Matt Damon e com a direção de Alexander Payne, conhecida em terras tupiniquins como “Pequena Grande Vida”, uma tradução não tão ruim para “Downsizing”.

O conceito do filme é simples e bem conhecido entre os brasileiros, cujo único entretenimento nos dias da semana era poder acompanhar a sessão da tarde. Se você é um deles, certamente lembra da sequência de filmes “Querida, Encolhi as Crianças”, onde um pai de família inteligentíssimo cria uma arma de raios capaz de tornar seres humanos em mini-seres humanos… Porém a pegada aqui é diferente.

Pequena-Grande-Vida

Em Pequena Grande Vida, um homem desenvolve uma espécie de vacina que encolhe as pessoas e apresenta isso para a comunidade científica esperando por um futuro onde a humanidade inteira possa utilizar desse artifício para ter uma vida centenas de vezes melhor, consumindo e poluindo centenas de vezes menos do que o normal.

O longa é classificado como comédia, mas tem poucos momentos que te fazem rir de verdade. Na maior parte do filme você se pega pensando nos estragos que a super população causa ao planeta terra e é lembrado o tempo todo que nossos recursos são esgotáveis.

Pequena-Grande-Vida

O roteiro é o mais simples possível e às vezes apela para alguns clichês, onde você se pega sabendo com bastante antecedência o que vai acontecer à seguir. O final então, é quase como se tivesse sido escrito por um roteirista preguiçoso e que faz o personagem escolher pelos caminhos mais fáceis até a grande conclusão.

Porém, é enquanto Matt Damon toma as decisões da sua vida que o levam à optar pelo encolhimento, que outras dúvidas surgem como um empecilho para o que deveria ser a forma de vida perfeita. Ética, direitos civis, economia e consciência humanitárias são colocadas em jogo e mostram que mesmo em uma sociedade onde tudo deveria ser perfeitamente equilibrado, as desigualdades continuarão existindo.

A ideia basicamente é de que não importa o quão sustentável a humanidade se convença a ser, a forma como vivemos em grupo sempre fará com que uma parcela da população saia prejudicada, e isso pode acontecer de várias maneiras diferentes.

No fim, o filme te faz esboçar umas risadinhas, te faz refletir sobre a sua existência e sobre os caminhos que a nossa civilização está tomando. Vale a pena dedicar um momento pra assistir, com a mente aberta aos detalhes que estão apresentados ali, em algo que é mais do que uma simples “dramédia”.

Assista ao trailer:

Ficha técnica:
Data de lançamento: 22 de fevereiro de 2018
Direção: Alexander Payne
Elenco: Matt Damon, Kristen Wiig, Christoph Waltz
Gêneros: Comédia , Comédia dramática
Nacionalidade: EUA