Após ter passado pela Segunda Guerra e diversas outras crises Mundiais, Jacque Fresco em sua experiência, conta como a humanidade aos poucos esta se auto destruindo.

Texto a seguir:

Quando eu era jovem e vivia em Nova Iorque, recusei-me a jurar lealdade à bandeira. Claro que fui enviado ao gabinete do director, que me perguntou: Porque não queres fazer o juramento à bandeira? Toda a gente o faz!” Eu respondi: “Antigamente, toda a gente acreditava que a Terra era plana, mas isso não fazia com que ela o fosse.”

Expliquei que a América deve tudo o que tem a outras culturas e outras nações, e que eu preferia jurar lealdade à Terra e a todos os que nela vivem.

Escusado será dizer que não demorou muito, até eu abandonar por completo a escola e montar um laboratório no meu quarto. Foi aí que comecei a aprender sobre a ciência e a natureza. Percebi então que o Universo é governado por leis e que o ser humano, assim como a própria sociedade, não está isento de tais leis.

Então aconteceu o crash de 1929, que deu início ao que hoje chamamos de “A Grande Depressão.” Foi-me difícil entender o motivo por que milhões estavam sem trabalho, sem tecto e a morrer de fome, quando todas as fábricas estavam ali. Os recursos não tinham mudado. Foi então que percebi que as regras do jogo económico eram inerentemente inválidas.

Pouco depois, veio a Segunda Guerra Mundial, onde várias nações se revezaram na destruição mútua e sistemática. Mais tarde, calculei que toda a destruição e todos os recursos desperdiçados na guerra poderiam facilmente ter provido todas as necessidades humanas no planeta.

Desde então que tenho visto a Humanidade a preparar o terreno para a sua própria extinção. Tenho visto a forma como recursos finitos e preciosos são perpetuamente desperdiçados e destruídos
em nome do lucro e dos mercados-livres. Tenho visto os valores sociais da sociedade serem reduzidos a uma artificialidade baseada no materialismo e no consumo irracional.

E tenho visto a forma como os poderes monetários controlam a estrutura política de sociedades supostamente livres. Tenho agora 94 anos de idade e a minha postura é a mesma de há 75 anos atrás:

“Esta merda tem de acabar.”

~Jacque Fresco

A sociedade e a destruição mútua da própria espécie.
O caminho da sociedade para a destruição da própria espécie.
A humanidade a caminho da própria destruição.
O caminho da humanidade para a própria destruição.